O julgamento em plenário virtual no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a realização de revista íntima em presídios alcançou maioria, com 9 ministros votando a favor da inconstitucionalidade da prática. O encerramento está previsto para as 23h59 desta sexta-feira (19), e o placar atual é de 6 a 3.
O relator do caso, ministro Edson Fachin, argumentou que a revista íntima viola a intimidade e a honra dos visitantes e defendeu que as provas obtidas por meio desse procedimento sejam consideradas ilícitas.
“O procedimento de determinar indiscriminadamente o desnudamento, o agachamento e/ou pulos como exigência para a visita de pessoas submetidas ao sistema de justiça penal ofende a intimidade e a honra”, afirmou o ministro em seu voto.
Acompanharam o voto de Fachin os ministros Roberto Barroso, Rosa Weber, André Mendonça, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia. Por outro lado, os ministros Alexandre de Moraes, Nunes Marques e Dias Toffoli divergiram do relator.
No seu voto, Nunes Marques defendeu que a prática é justificada como medida de controle e segurança para evitar a entrada de celulares, drogas ou outros objetos proibidos.
Dias Toffoli concordou com o posicionamento de Nunes Marques. Em seu voto, o ministro reconheceu que ocorrem abusos nas revistas, mas destacou a importância do procedimento para identificar irregularidades durante as visitas.
A conclusão do julgamento aguarda o voto do ministro Luiz Fux. Fonte Conexão Politica.