Vítimas foram violentadas quando eram menores de idade, mas só denunciaram este ano; diz polícia do DF.
Por Marília Marques, G1 DF
Fachada da 27ª Delegacia de Polícia, no Recanto das Emas, no Distrito Federal — Foto: TV Globo/Reprodução
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu um homem de 48 anos suspeito de estuprar duas filhas e uma enteada quando elas eram menores de idade. As vítimas denunciaram o caso à polícia em maio, mas o homem só foi detido nesta quarta-feira (6), em Caldas Novas (GO).
Segundo as investigações, a filha mais velha – hoje com 19 anos – foi violentada quando tinha 15. Ela contou à polícia que foi molestada enquanto dormia, em casa, no Recanto das Emas, no DF.
“A filha não revelou o caso anteriormente por medo de não acreditarem nela”, explicou o delegado Pablo Aguiar.
“As crianças são subjugadas muitas vezes e têm o receio grande de que mãe e irmãos não acreditem nos relatos.”
De acordo com a polícia, a adolescente só tomou coragem de ir até a delegacia, em maio deste ano, quando o pai já estava preso em Goiás. Na época ele foi detido – e liberado meses depois – após a enteada, de 18 anos, denunciar que foi estuprada dos 12 aos 14 anos.
“Ela só contou por medo de que ele fizesse o mesmo com a irmã, de oito anos.”
O suspeito também tem passagens pela polícia por homicídio e roubo. O nome dele não foi divulgado para preservar a identidade das vítimas.
‘Coisas de pai’
Em depoimento, a enteada do suspeito afirmou que uma das agressões ocorreu quando o padrastro se ofereceu para levá-la à escola.
“No caminho, ele parou em um matagal, tirou a roupa dela e deu dinheiro para o lanche”, contou o delegado.
Já a filha que hoje tem 18 anos contou à polícia que foi estuprada aos 17, enquanto bebia em um bar com o pai. “Ele a levou para o mato e começou agarrá-la, falando que era normal, coisas de pai”, disse Aguiar. O caso foi registrado na delegacia de Samambaia.
Como os casos aconteceram quando as vítimas eram menores de idade, o homem preso vai responder por estupro de vulnerável. A pena prevista é de 8 a 15 anos de reclusão para cada crime praticado.
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